Conseqüência
natural do instinto de conservação da vida é a procriação, traduzindo a
sabedoria divina, no que tange à perpetuação das espécies.
Mesmo
nos animais inferiores a maternidade se expressa como um dos mais vigorosos
mecanismos da vida, trabalhando para a manutenção da prole.
Ressalvadas
raras exceções, o animal dócil, quando reproduz, modifica-se, liberando a
ferocidade que jaz latente, quando as suas crias se encontram ameaçadas.
O
egoísmo humano, porém, condescendendo com os preconceitos infelizes, sempre que
em desagrado, ergue a clava maldita e arroga-se o direito de destruir a vida.
Por
mais se busquem argumentos, em vãs tentativas para justificar-se o aborto,
todos eles não escondem os estados mórbidos da personalidade humana, a revolta,
a vingança, o campo aberto para as licenças morais, sem qualquer compromisso ou
responsabilidade.
O
absurdo e a loucura chegam, neste momento, a clamorosas decisões de interromper
a vida do feto, somente porque os pais preferem que o filho seja portador de
outra e não da sexualidade que exames sofisticados conseguem identificar em
breve período de gestação, entre os povos supercivilizados do planeta...
Não
há qualquer dúvida, quanto aos "direitos da mulher sobre o seu
corpo", mas, não quanto à vida que vige na intimidade da sua estrutura
orgânica.
Afinal,
o corpo a ninguém pertence, ou melhor nada pertence a quem quer que seja, senão
à Vida.
Os
movimentos em favor da liberação do aborto, sob a alegação de que o mesmo é
feito clandestinamente, resultam em legalizar-se um crime para que outro
equivalente não tenha curso.
Diz-se
que, na clandestinidade, o óbito das gestantes que tombam, por imprudência, em
mãos incapazes e criminosas, é muito grande, e quando tal não ocorre, as
conseqüências da técnica são dolorosas, gerando seqüelas, ou dando origem a
processos de enfermidades de longo curso.
A
providência seria, portanto, a do esclarecimento, da orientação e não do
infanticídio covarde, interrompendo a vida em começo de alguém que não foi
consultado quanto à gravidade do tentame e ao seu destino.
Ocorre,
porém, na maioria dos casos de aborto, que a expulsão do corpo em formação, de
forma nenhuma interrompe as ligações Espírito-a-Espírito, entre a futura mãe e
o porvindouro filho.
Sem
entender a ocorrência, ou percebendo-a, em desespero, o ser espiritual
agarra-se às matrizes orgânicas e, à força da persistência psíquica, sob
frustração do insucesso termina por lesar a aparelhagem genital da mulher,
dando gênese a doenças de etiologia mui complicada, favorecendo os múltiplos
processos cancerígenos.
Outrossim,
em estado de desespero, por sentir-se impedido de completar o ciclo da vida, o
Espírito estabelece processos de obsessão que se complicam, culminando por
alienar-se a mulher de consciência culpada, formando quadros depressivos e
outros, em que a loucura e o suicídio tornam-se portas de libertação mentirosa.
Ninguém
tem o direito de interromper uma vida humana em formação.
Diante
da terapia para salvar a vida da mãe, é aceitável a interrupção do processo da
vida fetal, em se considerando a possibilidade de nova gestação ou o dever para
com a vida já estabelecida, face à dúvida ante a vida em formação...
Quando
qualquer crime seja tornado um comportamento legal, jamais se enquadrará nos
processos morais das Leis Soberanas que sustentam o Universo em nome de Deus.
Diante
do aborto em delineamento, procura pensar em termos de amor e o amor te dirá
qual a melhor atitude a tomar em relação ao filhinho em formação, conforme os
teus genitores fizeram contigo, permitindo-te renascer.
(FRANCO,
Divaldo Pereira. Alerta. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.)