“E digo-vos que tudo aquilo que me
confessam diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará, diante dos
anjos de Deus”.
Jesus – Lucas
12 - 8
Muitos companheiros de labor evangélico
supõem que confessar o Mestre se resumirá tão somente à uma profissão de fé por
intermédio das palavras.
Para a demonstração de que aderimos
sinceramente a Jesus, bastaria subir à uma tribuna ou discutir, acaloradamente,
com alguns amigos que ainda não conseguem compreender?
Semelhante confissão tem sido o objetivo
da maioria dos discípulos, através dos tempos, mas uma atitude desassombrada é
uma das faces da realização, sem constituir, porém, o seu precioso conjunto.
Confessar o Cristo, diante dos homens, é
revelar-lhe a Luz e o Poder em ações de amor e desprendimento que os homens
vulgares ainda não conhecem.
Não será instituir convicções apressadas
nos outros, mas pautar a vida em plano superior e diferente, de sorte que os
espíritos mais frágeis ou levianos possam encontrar, junto de nossa alma, algo
de mais elevado que não sentem noutros lugares e situações do mundo.
Não é fácil revelar Jesus entre as
comunidades terrestres, quando sabemos que Ele próprio foi por elas conduzido à
cruz do martírio, mas é dessa confissão que a Sua palavra persuasiva nos fala
no Evangelho da Verdade e do Amor.
É justo se precate o discípulo contra o
perigo de uma obsessão verbal, sem a participação de suas energias interiores.
O Senhor deseja ser confessado pelos seus
continuadores nas estradas do mundo, mas esse ato não será apenas por palavras
e, sim, por todas as demonstrações vivas do coração.
Emmanuel.
(Do livro "Mentores e Seareiros, diversos espíritos, psicografia de Chico Xavier, FEB)