“Mas quando vier aquele
Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade.” — Jesus (João, 16-13)
O caminho de toda a Verdade é Jesus Cristo. O Mestre
veio ao mundo instalar essa verdade para que os homens fossem livres e
organizou o programa dos cooperadores de seu divino trabalho, para que se
preparasse convenientemente o caminho infinito. No fim da
estrada colocou a redenção e deu às criaturas o amor como guia.
Conforme sabemos, o guia é um só para
todos. E vieram os homens para o serviço divino. Com
os cooperadores vinham, porém, os gênios sombrios, que se ombreavam com eles
nas cavernas da ignorância.
A religião, como expressão universalista do
amor, que é o guia, pairou sempre pura acima das misérias que chegaram ao
grande campo; mas este ficou repleto das absurdidades. O caminho foi quase
obstruído.
A ambição exigiu impostos dos que
desejavam passar, o orgulho reclamou a direção dos movimentos, a vaidade pediu
espetáculos, a conveniência requisitou máscaras, a política inferior
estabeleceu guerras, a separatividade provocou a hipnose do sectarismo.
O caminho ficou atulhado de obstáculos
e sombras e o interessado, que é o espírito humano, encontra óbices infinitos
para a passagem.
O quadro representa uma resposta a
quantos perguntarem sobre os propósitos do Espiritismo cristão, sendo que o
homem já conhece todos os deveres religiosos. Ele é aquele Espírito de Verdade
que vem lutar contra os gênios sombrios que vieram das cavernas da ignorância e
invadiram o campo do Cristo.
Mas, guerrear como: Jesus não pediu a morte
de ninguém. Sim, o Espírito de Verdade vem como a luz que combate e vence as
sombras, sem ruídos. Sua missão é transformar, iluminando o caminho para que os
homens vejam o amor, que constitui o guia único para todos, até à redenção.
(Do livro “Segue-me”, Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, O Clarim)
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