CONSOLAI
Se
eu pudesse, diria eternamente,
Aos
flagelados e desiludidos,
Que
sobre a Terra os grandes bens perdidos
São
a posse da luz resplandecente.
A
dor mais rude, a mágoa mais pungente,
Os
soluços, os prantos, os gemidos,
Entre
as almas são louros repartidos
Muito
longe da Terra impenitente.
Oh!
Se eu pudesse, iria em altos brados
Libertar
corações escravizados
Sob
o guante de enigmas profundos!
Mas,
dizei-lhe, ó vós que estais na Terra,
Que
a luz espiritual da dor encerra
A
ventura imortal dos outros mundos!
(Do
livro “PARNASO DE ALÉM-TÚMULO”, Antero de Quental, Psicografia Francisco
Cândido Xavier)
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